Ana Narcisa prefere ser chamada apenas de Ana, negando qualquer semelhança com a sua recém-falecida mãe, a vaidosa e psicologicamente inconstante ex-vedete Narcisa. De herança, Ana recebe um velho casarão no moribundo bairro do Cosme Velho, local em que Narcisa morou toda a vida. Decidia a vender a casa, Ana toma para si a missão de limpar o imóvel enquanto seu irmão Diego não aparece para ajudá-la. Quando ele retorna de suas viagens para fora do país, Ana e Diego compartilham memórias de irmãos e revivem traumas da infância. Diego, entretanto, está disposto a abrir uma porta — metafórica e literal — que Ana decidira manter trancada: o camarim e o coração de sua mãe que guarda o mistério de sua morte. Após a saída do irmão, Ana começa a ser cada vez mais assombrada pelo espírito da mãe que, aos poucos, passa a possuí-la. Depois de uma assustadora noite de possessão em que Ana assume a personalidade de sua mãe como vedete e performa como se fosse ela, Ana retoma o domínio de seu corpo para confrontar as mágoas que guardou por todos esses anos. No camarim que manteve trancado, Ana fica face a face com o espírito de Narcisa e finalmente a perdoa para poder seguir sua própria vida.